quarta-feira, 21 de abril de 2010

Carta 2,

-Sr.Presidente da Assembleia Municipal de Faro, Sr.Presidente da
Câmara Faro, Srs.Membros da Assembleia Municipal de Faro,Srs.
Vereadores Câmara Municipal de Faro, Cidadãos e Munícipes da Cidade de
Faro,

Começo por dizer,para que conste e fique bastante claro que estou aqui em meu nome pessoal e não falo em nome de nenhuma instituicão,organizacão ou sociedade.Falo em meu nome pessoal .
Venho a este Forum como cidadão, municipe e pai, na esperança de encontrar respostas para as muitas questões que me andam a inquietar há quase 3 meses.
Embora se tenham passado quase 3 meses, como referi, creio que o assunto que me traz aqui continua na ordem do dia e urge ser resolvido.
O assunto sendo o mesmo que acabou de ser exposto pelo Sr.Manuel não deixa de ser bastante pertinente e nunca será demais suscitar todas as questões à sua volta na busca duma solucão equilibrada.

A acção levada a cabo pelos funcionários da Câmara foi a todos os titulos uma autêntica selvajaria porque não se tratou duma desmontagem e remoção duma estrutura legal, repito legal, que estava devidamente licenciada. Mas foi sim, uma destruição de património e propriedade privada onde os seus legitimos proprietários investiram dezenas e dezenas de milhares de euros. Refira-se ainda que a esplanada respeitava todas as normas legais, tinha grandes níveis de conforto, estava ao nível do que de melhor se faz e oferece ao nivel da Europa sendo elogiada permanentemente por todas as pessoas nacionais e estrangeiros que a frequentavam.
Talvez o Sr.Presidente da Câmara, que não sendo de Faro nem seja residente na cidade desconheça que a referida esplanada tinha existência fisica no local há pelo menos 20 anos.

Meus Srs., o que aconteceu naquele dia 22 de janeiro nunca devia ter acontecido.

O Sr.Presidente da Câmara de Faro numa demonstracão de grande prepotência e abuso de poder limitou-se a destruir o sonho de dois jovens empresários que decidiram apostar e investir na sua cidade, criar postos de trabalho, inovar, criar riqueza e foi duma maneira estúpida que tudo acabou. E porquê??? O Sr.Presidente que o diga aqui e agora....
Mesmo assim, gostava que alguém dos Srs. que são politicos me dissessem o que se passa pela cabeça dum politico para o levar a mandar executar uma acção destas. Todos os partidos enchem os seus discursos com o apoio às "piquenas e médias empresas".
É assim que a autarquia quer apoiar as pequenas e médias empresas?
É assim que a autarquia pretende fixar na cidade jovens empresários?
É assim que a autarquia quer combater a desertificacão da cidade?
É assim que a autarquia ajuda a criar emprego?
É assim que a autarquia quer atrair turistas sejam nacionais ou estrangeiros?

Meus Srs.: temos o previlégio de viver no sul da Europa e de Portugal
com um clima único que permite a vida ao ar livre na maior parte do ano, e esta Câmara, ao que consta quer acabar com as esplanada e as estruturas que as suportam. Em vez de se promover esses espaços procura-se acabar com eles, politica no minimo muito estranha, duvidosa e discutível.
Mas onde é que nós vivemos? No Algarve numa cidade europeia do século 21 e virada para o desenvolvimento e para o turismo ou vivemos na idade média?
Cabe a todos vós como politicos e a nós como cidadãos impedir que essa politica vá para a frente.
Como todos conhecem e não é preciso ir muito longe pois temos aqui mesmo ao lado exemplos, em Espanha depois um pouco mais longe em França e na Alemanha, todos têm esplanadas e até mesmo espaços de restauração e cafetaria de grandes dimensões que convivem de perto com catedrais, igrejas e outros monumentos muito mais antigos e históricos que a nossa igreja de S.Pedro que até é bonitinha mas faziam bem se a mandassem pintar pois como está não abona nada em seu benefício. Porque é que não copiamos os bons exemplos??
Veja-se o exemplo dado pela Câmara Municipal do Porto que numa accão a todos os titulos louvável,não só apoia as esplanadas como acabou de mandar excutar e montar numa avenida do centro histórico do Porto uma série de esplanadas fixas e em vidro com as quais os cafés e restaurantes vão poder oferecer aos seus clientes um serviço de maior qualidade e conforto durante todo o ano.
Ao que consta, o Sr.Presidente da Câmara terá mandado executar a acção porque achava que a esplanada não ficava bem ao lado da igreja, evocando razões estéticas. Estranhos estes conceitos de estética.....
E é assim que se resolvem as questões...?
Tudo isto, especialmente depois de se saber que o, na altura,candidato Sr. Macário Correia esteve durante uma acção de campanha eleitoral em Novembro passado, no Restaurante Metris e em conversa com funcionários do espaco, elogiou muito o restaurante e particularmente a sua esplanada!!? Estranho,não?

Se me permitem, volto novamente à pergunta que fiz atrás porque me parece bastante pertinente: o que leva um autarca a tomar uma atitude que leva à destruição dum espaço que era um pólo de atracção de turistas, um espaço de entretenimento, um espaço de lazer e convívio para todos os farenses e não só, um espaço que se estava a tornar uma referência de Faro. Esperem,ou seria por isto mesmo?
O que é que a cidade de Faro ganhou com essa acção?? Nada.
Ainda se fosse a bem duma qualquer coisa pública, mas não, nem sequer em termos de reordenamento do estacionamento automóvel se ganhou alguma coisa:estacionam menos carros agora do que quando havia a esplanada.
E agora,como é ???Vamos enterrar a cabeca na areia e esperar que a crise passe?? Vamos assobiar para o ar e fazer de conta que não é nada connosco?? Será que o Sr. Presidente já avaliou bem os enormes prejuizos materiais morais que provocou, não só à sociedade como também aos pais dos jovens que deram o seu aval, com a accão que mandou executar??? O que é que está à espera para resolver toda esta embrulhada onde se meteu, com a sua accão mais que irreflectida e insensata?

Meus srs.:
O ditado popular diz "quem parte velho paga novo" o que neste caso é mais "quem parte novo paga novo" : o estrado tinha pouco mais de um ano e a cobertura desmontável, que era só para funcionar de Inverno ,tinha pouco mais de 2 meses. Passaram-se quase 3 meses, estamos na Primavera, o Verão está aí à porta e como é que esta sociedade vai trabalhar sem a esplanada que era a sua mais valia? Como é que esta sociedade vai fazer para pagar a esplanada que lhe foi destruida, sem esplanada? Quem é responsável pela perdas de clientes do restaurante? Quem é o responsável pelos enormes prejuízos causados à empresa pelo fim abrupto da sua esplanada? Quem é responsável pela perda de postos de trabalho que a sociedade teve que eliminar??
Meus Srs. errar é humano, todos nós erramos, mas pior que isso é não admitir o erro e pior ainda é admiti-lo e não corrigi-lo.
O Sr.Presidente da Câmara apresentou à sociedade uma proposta de solução do problema, que chamou a custo zero, que consistia na colocação de seis mesas em cima da pedra da calçada conjuntamente com chapéus de sol que poderião ser subsidiados por um qualquer patrocinador?????
Estou certo que o restaurante terá muito gosto em convidar o Sr.presidente para experimentar comer numa mesa montada em cima da calçada completamente desnivelada e cheia de irregularidades. Certamente poderá assim verificar o quanto higiénico, confortável e agradável será uma refeição nessas circunstâncias. Não se percebe qual o motivo de aversão que o Sr. presidente tem aos estrados que suportam esplanadas?? Se o regulamento o permite?...Porquê então??? Esclareça-se que o espaço existente dispunha de 20 mesas.
Meus senhores,digam-me lá :Mas que tipo de proposta é esta????
E então, como ficam os padrões de qualidade, conforto e estética para os clientes farenses e turistas que nos visitam????

Meus Srs., haja bom senso, haja respeito,muito respeito e coragem muita coragem para procurarem soluções adequadas e aceitáveis para a resolução duma situação que nunca devia ter acontecido e para a qual a sociedade em questão não contribuiu em nada.
.
Em suma, quem provocou toda esta situação desagradável que assuma as suas responsabilidades.


Muito obrigado

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